UM APAIXONADO POR JESUS CRISTO E
OS POBRES
As famílias religiosas têm a bonita tradição em reverenciar
os fundadores e fundadoras. Eles são vistos como seus pais espirituais. Há
mesmo histórias em que fundadores personalizaram ao máximo a atuação na
fundação, deixando inclusive pouco espaço para Jesus Cristo, o Senhor que deve
ser o centro do carisma. Nosso fundador Pe. Cyzo Assis Lima faz parte de uma
outra mentalidade e ele sempre afirma que “O Espírito Santo é o verdadeiro
fundador do nosso carisma e de todos os carismas”. Com essa visão ele escolheu
como distintivo sacerdotal o dito de Jesus em Lucas 4,18: “O Espírito do
Pai está sobre mim e me ungiu para evangelizar os pobres”. Mas Deus age através
das mediações humanas, apesar delas serem limitadas e pecadoras. Neste sentido
compreendemos que o nosso fundador, não adotando o “culto à
personalidade” é alguém que o Senhor escolheu para essa missão: ajudar que
mais um carisma nascesse na Mãe Igreja a serviço do Reino de Deus neste mundo.
Sua trajetória é bem original e “entre curvas, descidas e subidas” como
ele muitas vezes diz, “Deus foi gestando sua história”, que é muito
diferente da história da maioria das pessoas, que já possuem um esquema
familiar, social e profissional pré-definidos.
Cyzo Assis Lima nasceu aos 21.03.1958. Esse ano foi
considerado pelos analistas sociais como o melhor do Séc. XX em todos os
aspectos do desenvolvimento social, econômico, cultural, humano e espiritual
segundo pesquisa do New York Times em 1999. Casualmente nasceu em Condeúba,
região situada mais ao sul do estado da Bahia branca. É o primeiro dos 13
filhos de Gentil Alves de Lima (in memoriam) e Ivone Alves de Lima, sendo
nove homens e quatro mulheres. Nas primeiras semanas foi batizado na pequena
igreja de São João Batista no distrito de Correias (município de Brumado -
Bahia) pelo Revdo. Mons. Antônio Fagundes. Com menos de 60 dias após o
nascimento seus pais migraram para o interior de São Paulo onde viveu a
primeira infância (zero a sete anos). A família retornou para o estado da Bahia
(Brumado e Côcos) onde o menino Cyzo viveu o final de sua infância e sua
adolescência não por muito tempo, tendo a família retornado definitivamente
para São Paulo, desta vez à capital paulista, onde ele concluiu os estudos de
1º grau e tornou-se operário numa grande e famosa indústria têxtil, no setor de
manutenção de máquinas, do bairro Tatuapé. Mais tarde, quando comunicou aos
seus chefes que deixaria a empresa para ir ao sul e fazer um trabalho dentro da
Igreja, ouviu do engenheiro químico, chefe imediato, responsável por um grande
setor na empresa, o seguinte conselho: “Agora, neste momento, eu
quadruplico seu salário, mas fique aqui nesta empresa. Um dia você ainda vai ser o
diretor dela, pois você tem talento para crescer e liderar, não tenho dúvidas
disso”. O jovem Cyzo sentia que algo maior, como no coração do profeta
Jeremias, além de dinheiro, posses, carreira
profissional e segurança estava traçado pelas mãos divinas para ele. Agradeceu
então, educadamente ao generoso engenheiro, sabendo que sua vida estava
direcionada para outros contextos ou tramas reinocêntricas. No ano de 1978 a
convite do Pe. Orestes João Stragliotto (in memoriam) o jovem Cyzo foi para
Caxias do Sul ajudar na equipe executiva do Centro de Orientação Missionária -
COM - até o ano de 1982, quando com o Pe. Orestes mudou-se para São Leopoldo no
Vale dos Sinos.
Resumindo, o Rio Grande do Sul tornou-se então a sua
terceira terra, onde dos seus 54 anos (1958 – 2012), lá permaneceu por 30
anos. Foi no Rio Grande do Sul também que ele fez toda a sua formação
maior, estudando filosofia, história e teologia na condição de leigo, primando
pelo aprofundamento da teologia pastoral e bíblica. Por alguns anos foi
professor em colégios dos Irmãos Lassalistas em Caxias do Sul e dos Irmãos
Maristas em Novo Hamburgo. Ao lado do trabalho como professor de História Geral
estudava teologia não para ser padre, mas para ser teólogo leigo. Após um curso
de inglês em São Leopoldo se inscreveu numa universidade em Toronto (Canadá) para
lá fazer especialização maior em teologia a pedido do Pe. Arturo Paoli, (Padre
de Charles de Foucauld). A relação pessoal e filial profunda com Pe. Arturo,
grande místico e homem de visão reinocêntrica fez o jovem Cyzo repensar sua
vida, saindo das fileiras da esquerda brasileira, onde atuou como jovem
militante marxista para mergulhar a fundo nos trabalhos de evangelização
voltada para o grito e a realidade dos pobres, residindo inclusive em favelas e
periferias e aplicando na prática, junto com outros amigos, a opção pelos
pobres proclamada pela Conferência de Puebla. Viveu no final dos anos 70
um pequeno exílio de 6 semanas em Montevidéu (Uruguai), refugiando-se numa
paróquia, por exigência do Pe. Orestes Stragliotto. O fato aconteceu devido ter
descoberto que seu nome e fotos constavam em arquivos secretos do SNI – Serviço
Nacional de Inteligência. Na época havia boatos que se a chamada “linha dura”
ganhasse o comando do exército brasileiro, 30 mil brasileiros já fichados
seriam eliminados, como fizeram os militares argentinos e chilenos que geraram
milhares de desaparecidos. Felizmente a política de “distenção”
(democratização) adotada pelo presidente militar Ernesto Geisel foi levada a
cabo até o fim.
Foram 12 países latino-americanos, onde por 5 anos, o jovem
Cyzo marcou presença de trabalho eclesial, vindo inclusive a fazer parte da
coordenação do 1º Simpósio de Teologia Pastoral do Cone Sul (1984)
realizado na Bolívia e com total apoio da parte de Dom Ivo Lorscheiter. Mais
tarde, como presbítero recém ordenado, viajou a trabalho por 7 nações
europeias, vindo em algumas delas estabelecer relação duradoura e solidária em
prol dos pobres que perdura até os dias atuais.
Ao lado da formação e do seu amadurecimento humano e
existencial, o jovem Cyzo assumiu diversos serviços voltados para a
chamada “evangelização socialmente engajada”. Neste tempo, a serviço da
nova reflexão teológica (Fé e Vida) e ecumênica, pode viajar a trabalho por
quase toda a América Latina, em contatos e articulações com vários centros
teológicos.
No dia 12.12.1987, Dia de Nossa de Guadalupe, na Catedral
São João Batista, em Santa Cruz do Sul, foi ordenado por Dom Sinésio Bohn como
o primeiro Padre da nascente Fraternidade Apostólica da Palavra, hoje
FRATERNIDADE PALAVRA E MISSÃO. No ano seguinte Dom Sinésio criou a Paróquia
Espírito Santo, confiando ao jovem padre Cyzo a direção da mesma como pároco.
Nessa paróquia o jovem padre deu o melhor das suas forças, criando várias
comunidades em periferias onde antes a Igreja não se fazia presente e levando
para dentro da pastoral de manutenção a realidade e a dor dos pobres. O jovem
padre acolheu na casa paroquial homens de rua que ele mesmo cuidou dando banho,
fazendo curativos, alimentando-os e zelando pelos direitos básicos dos mesmos
frente à saúde pública e ao poder judiciário. Desta fraterna acolhida nasceu o
atual Programa Lázaros de Betânia que funciona na Casa Irmãos Koch no Vale de
Nazaré.
Um marco muito importante foi a criação da Festa do Divino,
que em 2012 completou 23 anos sem nenhuma interrupção. Tal festa
valorizou a cultura popular e nasceu com um jeito bem ecumênico, onde
confissões cristãs e expressões religiosas de raízes afro, indígena e gaúcha,
encontraram nela acolhida e forma de se manifestar. Na Festa do Divino se criou
uma fusão saudável entre o tradicional e o novo, valorizando a presença maciça
da juventude em seus diversos programas culturais e evangelizadores. Sendo
padre numa realidade onde predomina a cultura germânica, procurou estudar com
muito esforço a língua alemã. Por falta de tempo não pode aprofundá-la
devidamente, mas comunica-se razoavelmente bem no nível básico e até mesmo
rezou por algum tempo na comunidade matriz a santa missa em alemão valorizando
as pessoas que ainda falam o idioma, mesmo na maioria das vezes dialetizada e
com forte mutação literária.
“meus caminhos de hoje são os mesmos de ontem.
O que é novo em mim é o jeito de caminhar”. Tiago de Mello
Os sofrimentos que Pe. Cyzo tem passado nesses 25 anos
vieram muito mais de dentro de espaços eclesiásticos. Ele acredita que é
crueldade haver no clero condenação sem antes ouvir o irmão acusado, agindo bem
ao contrário do evangelho de Jesus (Mt 5, 23-24). É pena que o grande sermão do
monte, não consiga muitas vezes, descer e fazer morada nos corações. Até hoje,
por não ter nada em seu próprio nome (e antes de ser padre tinha seu salário,
seu carro, sua casa, sua profissão e sua própria manutenção), não compreende
que o clero permita homens que venham ao seu seio para simplesmente se
aburguesar e buscar conforto material, quando na verdade o ser clero deveria
sempre ser serviço ao povo de Deus, especialmente aos mais pobres e sofredores.
Na Fraternidade os primeiros membros são considerados pelo
Pe. Cyzo também “como co-fundadores” desta obra que serve a Igreja há 26
anos. Ele sempre diz que“um carisma jamais será empreendimento de uma
pessoa só” por mais qualificada que seja. É a soma de muitas vidas,
corações e paixões reinocêntricas que realizam efetivamente uma fundação
espiritual. É natural que alguém tome a frente, tenha a “visão” ou a “escuta do
Alto”, porém conseguirá pouco se agir só. E é neste sentido que os membros da
2ª geração da Fraternidade compreendem que coube ao Pe. Cyzo a iluminação
espiritual para que a Fraternidade pudesse nascer e se firmar a serviço do
evangelho. Ao que se diga, ser fundador significa:
- Ter um largo coração;
- Buscar na interiorizaçao da Palavra, na mesa da eucaristia e na dor dos
pobres a justiça do rosto de Deus;
- Ser perseguido e jamais alimentar raiva ou revanche;
- Saber pedir fraternalmente perdão quando descobre que errou ou machucou;
- Ter muitas noites em claro e cada dia renovar a confiança em Deus;
- Fazer da perseverança o pão de cada dia, mesmo frente a dificuldades
humanamente intransponíveis;
- Ser irmão (ou pai) de todos e todas em qualquer situação, nos bons e difíceis
momentos;
- Procurar ser justo, apesar dos limites e pecados e ter consciência disso;
- Aprender com o sofrimento que a humildade é fecundadora;
- Amar a Igreja apesar de dentro dela nem sempre ter tido os devidos apoios;
- Em oração dobrar os joelhos ao chão para o Deus Providente todos os dias;
- Gerar fraternura entre os irmãos e irmãs e conduzir os mais difíceis a
crescerem, aplicando a firmeza com ternura;
- Aprender que a palavra “nunca” e “medo” impedem a ação do Espírito Santo;
- Trabalhar como um “burro sem dono” e sacrificar a própria saúde pela vida do
carisma;
- Jamais tirar férias e não ter direitos a certos deleites;
- Engolir “sapos” e apesar disso, saber rir e nunca perder a paixão
reinocêntrica;
- Sacrificar um momento de descanso em troca da leitura de um livro ou a
escrita de um texto;
- Ir ao encontro de realidades dolorosas onde muitos delas fogem;
- Apesar dos pecados sentir-se amparado cada dia pelo amor de Deus;
- Saber que Maria, a Mãe de Jesus, é a presença intercessora cada dia na sua
vida e missão;
- Confiar sempre no ser humano mesmo sabendo que poderá receber ingratidão e
traição;
- Ir ao encontro de pessoas quando outros no seu caso levariam “fuzil” e não flores;
- Nunca esquecer que a oração do Pai Nosso tem a 2ª parte que é o Pão Nosso;
- Dizer cada dia que não somos insubstituíveis;
- Acreditar piamente que Deus trabalha mais no turno da “noite” (João 5,17);
- Alimentar sempre a alma e a mente no Espírito que unge e encoraja.
Todas estas descrições denotam que Pe. Cyzo é de fato um
fundador.
Na convivência com ele descobrimos seu caráter extremamente
fraterno. Para ele é sempre uma alegria quando o tempo permite ir à cozinha e
preparar calmamente uma saborosa refeição para a comunidade fraterna. Apesar de
uma pauta de trabalho sufocante, é rara a semana que ele não faça isso.
Alegra-se imensuravelmente quando está à mesa com os irmãos e irmãs partilhando
uma refeição sem pressa e que possa cada um sentir-se a vontade até mesmo para
falar obviedades. Na casa onde Pe. Cyzo reside há duas mesas redondas, uma
grande e outra menor. São nelas, símbolo do Reino que não é piramidal, onde ele
vive de uma forma não verbal a Palavra de Deus na unção entre os irmãos, irmãs
e os amigos de caminhada. Pe. Cyzo sempre gasta muita saliva na formação dos
jovens dentro da Fraternidade com o capítulo 13,1-17 do evangelho de João, e
insiste especialmente nas duas dimensões fraternais do versículo 17 sobre a
prática diário do amor fraterno.
Ele nunca buscou fazer uso de qualquer status ou de
amizades, inclusive em esferas altas da hierarquia da Igreja onde tem amigos
aqui no Brasil e no exterior. Poderia aproveitar alguns canais para dar passos
maiores e se fazer escutar. Mas ele sempre diz: “A obra é de Deus e o que
poderia fazer Jesus nesta situação? Não creio que Jesus iria apelar para
benesses ou jeitinhos de qualquer espécie”. Mesmo tendo recebido títulos
diversos e prêmios nesses 21 anos de ministério, como reconhecimento de sua
missão solidária pelos pobres e pela construção de uma Fraternidade de vida
mista nestes tempos de introspectividade na Igreja, nunca fez uso dos mesmos
para qualquer beneficio.
Registramos ainda que ele recebeu o título de cidadão
santa-cruzense na década de 90 concedido pela Câmara de Vereadores da cidade.
Para ele foi um sofrimento o dia que teve que ir à Câmara buscar tal prêmio.
Nem sequer tinha uma roupa adequada para o evento, tendo que vestir já no
memento do evento um blazer de um amigo que o convenceu a fazer isso para
cumprir protocolos do legislativo. Na fala de agradecimento aos vereadores e a
comunidade presente, apresentou a bíblia sagrada pessoal como o caminho que ele
percorre cada dia para chegar aos pobres e sofredores e para gerar fraternização
nas múltiplas relações nem sempre fáceis. Outro símbolo apresentado foi uma
miniatura de um jumentinho que tem como o seu animal símbolo desde a sua
juventude.
Pe. Cyzo sofre por não ter podido continuar estudando.
Quando estudou filosofia aprofundou o conceito de liberdade hegeliana e navegou
por muitos autores do materialismo histórico. Quando descobriu a beleza da
leitura libertadora da Bíblia, devorou dezenas de grandes autores católicos e
protestantes no campo da exegese e espiritualidade bíblica. Mas ele sabe que
jamais poderia levar adiante a obra da Fraternidade se tivesse que também fazer
algum mestrado ou doutorado. Ele tem a missão de ser “pai e mãe” cada dia na
Fraternidade e sabe-se que os pais sempre são os que se sacrificam pelo melhor
para seus filhos. Mas é um estudioso por natureza. Mensalmente lê pelo menos de
3 a 5 livros, o que dá uma média de mais de 40 livros por ano. Literatura
voltada para os temas de formação para a Vida Consagrada é leitura diária e
permanente. Entra aí não só materiais de cunho religioso e espiritual, mas
também de psicologia comportamental, saúde, ciências sociais, metodologia e
fenômenos em grupos, exegese bíblica que sua estante não deixa a desejar a
muitos exegetas dentre outros. Lê sempre algum romance e recentemente acabou de
ler Ulisses de James Joyce, um clássico da literatura moderna. Recentemente
fechou um grande círculo de leitura com temas voltados para
a tera-tanatologia. Tem se interessado por este tema e também tem ajudado
que muitas pessoas encarem a morte como a irmã amiga que uma hora nos acolherá
para a continuidade de nossas existências no gáudio do Senhor, se dele formos
merecedores. Talvez por ser um homem de leitura, desenvolveu uma formação
interior embasada em valores maiores e sofre tanto pelos seus próprios pecados
quanto pelos de outros. Ele é intolerante com gente que não gosta de estudar,
de ler, ou que faz estudo de forma superficial e acrítica. Sabe que a TV
brasileira, na grande maioria dos canais, tem contribuído para uma sub-cultura
ou bestialização de pessoas. Por isso educa na Fraternidade para que as
pessoas saibam separar o trigo do joio diante da pobre TV que tem nosso país
com poucas exceções.
Quando tem algum tempo também escreve e prepara assessorias
e nos últimos anos deixou de aceitar muitos convites para melhor dedicar aos
cuidados internos da vida e missão da Fraternidade. São vários textos que no
passado foram publicados em publicações tais como: Revista de Estudos Bíblicos
da Editora Vozes, Revista de Estudos Teológicos da Escola Superior de Teologia
(IECLB) e um ano inteiro escreveu mensalmente na Revista Mundo Jovem da PUC de
Porto Alegre. Muitos textos foram disponibilizados para grupos e religiosos.
Cada semana baixa pelo menos 5 artigos da internet devidamente
garimpados e alguns repassa a uma lista de amigos que são presenteados por
análises e textos, muitos traduzidos do New York Times e Le Monde. Desde jovem
é leitor assíduo da Folha de São Paulo e nunca fica uma semana sem ler pela
internet ao menos 3 editoriais desse jornal e a Folha Ilustrada para estar por
dentro da produção cultural no país. Há quase 3 anos mantém seu Blog no ar,
sempre atualizado, mesmo estando em estressantes viagens. O Blog, que é um
canal oficioso do Pe. Cyzo tem se tornado um meio de contato com centenas de
pessoas que tomam parte da vida e missão da Fraternidade. Muitos copiam as
mini-meditações do Pe. Cyzo e algumas fotos que ele hospeda com objetivo de
meditação e interiorização. O Blog em menos de 3 anos e já passa de 25 mil
visitas. Sendo um Blog de um clérigo que não tem pretensão midiática nenhuma
podemos considerar que o número de visitantes tem sido significativo.
Por fim, ele rejeita energicamente as
atitudes querelantes e de melindres, quando essas aparecem na comunidade
fraterna, muitas vindas por pessoas que vem de outros caminhos e não querem de
fato encarar os desafios que é a construção de um carisma o mais próximo que
puder do santo evangelho. Jamais tem tolerância para a preguiça tanto nele como
nos demais da comunidade de vida fraterna. Ensina sempre que na verdade está
Cristo: “Eu sou o caminho, a VERDADE e a vida” (João 14, 6). Também não
descuida da ação de satanás. Cada dia ele lembra que não se pode descuidar das
diatribes e das malvadezas diabólicas. Cita sempre o provérbio popular: “O
diabo é grande, mas Deus é maior” e ainda: “Mais tem Deus para dar
que o diabo para carregar”. Conhece melhor os malefícios do diabo após ter lido
calmamente num espaço de 2 anos toda a obra literária de Santa Teresa de Ávila.
Descobriu nesta grande mística e doutora da Igreja o caminho mais eficaz para
encarar cada dia as forças contrárias ao serviço a Jesus. Esta frase de Teresa
de Ávila é concreta na vida e missão do Pe. Cyzo: "Parece Senhor, que
provais com rigor quem vos ama, para que no extremo do SOFRIMENTO se perceba o
extremo ainda maior de vosso AMOR". E com Teresa e o apóstolo Paulo Pe.
Cyzo fez desta frase sua síntese e sempre proclama com voz firme e
serena: TUDO É GRAÇA!
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